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“Meu nome é Aiala Jaler Moreira, tenho 31 anos, sou casada, mãe de dois filhos e moro em Contagem. Trabalho no SSA Contagem há um ano e, atualmente, atuo como encarregada de transporte, cargo que exerço há dois meses. Antes disso, trabalhei como auxiliar administrativa, então a mudança de área foi bem tranquila, já que eu já conhecia bem as atividades.
Minha trajetória profissional começou cedo, aos 16 anos, em uma empresa do ramo de transportes, onde trabalhei por quase seis anos. Depois disso, fiquei dez anos sem um emprego fixo, pois engravidei e decidi me dedicar integralmente à minha filha. Mas nunca deixei de trabalhar foi nesse período que redescobri uma das minhas maiores paixões: o canto.
Canto desde que me entendo por gente, mas comecei de forma mais ativa aos nove anos, na igreja evangélica. No início, cantava apenas nos cultos e encontros da igreja, mas com o tempo comecei a me apresentar em casamentos e eventos. Minha mãe sempre me incentivou a seguir nessa área, e foi graças a esse apoio que alcancei experiências incríveis, como fazer “backing vocal” para cantores evangélicos conhecidos e gravar músicas gospel que marcaram momentos muito especiais na minha vida.
Quando sou convidada para cantar, conto com uma equipe de amigos instrumentistas, com quem trabalho em parceria eles também me chamam para alguns projetos. Sou autodidata e não toco instrumentos, mas o canto é realmente a minha paixão, algo que me conecta com as pessoas e com Deus.
Hoje, no SSA, tenho meu ofício fixo, e na música encontro meu ofício de amor e diversão. Amo o que faço nas duas áreas. Meus trabalhos musicais estão no meu Instagram @aialajaler e muitas das minhas oportunidades surgem por indicações de pessoas que já conhecem meu trabalho.
Este ano vivi um dos momentos mais desafiadores da minha vida. Aproveitando que estamos no Outubro Rosa, quero compartilhar que fui diagnosticada com câncer de mama em estágio inicial. Foi um baque, mas também um recomeço. Recebi apoio incondicional da minha equipe desde a chefia até as colegas de trabalho e isso fez toda a diferença. Em momentos assim, a gente se sente muito vulnerável, e esse carinho me ajudou a manter a minha alegria e a força para me comunicar, que são parte essencial de quem eu sou.
Graças à descoberta precoce, não precisei fazer quimioterapia. Passei pela cirurgia e pela radioterapia, e hoje estou em estado de remissão. Tenho fé de que a cura definitiva está a caminho acredito firmemente nisso”.
 

 
“Meu nome é Caique Ferreira Lino de Souza, nasci em Belo Horizonte, mas cresci e sempre vivi em Contagem. Entrei para o SSA Contagem em 2023, começando no setor do Pronto-Socorro como secretário. Depois, fui para o setor administrativo, onde atuo atualmente como assistente.
Trabalho no mesmo setor que minha irmã Nágila, o que foi uma feliz coincidência. Nós dois fizemos o processo seletivo juntos, ela entrou em 2022 e eu, cinco meses depois. Trabalhar ao lado dela é algo muito especial, porque compartilhamos valores parecidos e nos apoiamos no dia a dia.
Desde muito cedo, uma das minhas maiores paixões é a música. Cresci em um ambiente completamente envolvido com arte e cultura, muito por influência dos meus pais. Meu pai é ator, diretor e músico completo, e antes mesmo de eu nascer, ele e minha mãe trabalhavam com telegrama falado, conhecidos também como telegramas cantados ou mensagem ao vivo. Tenho duas irmãs, Nágila e Johara, e toda a nossa criação e sustento sempre tiveram a arte como base e inspiração.
Atualmente, meu pai continua nesse ofício, e às vezes eu o ajudo nos eventos, principalmente dando suporte com os instrumentos. Esse contato direto aumentou ainda mais minha ligação com a música. Quando eu tinha por volta de dez anos, quis aprender a tocar violão. Comecei, parei, e mais tarde voltei com mais foco. Cheguei a fazer aulas com um profissional, o que me ajudou a compreender melhor a técnica.
Mais recentemente, meu pai passou a me ensinar pessoalmente, de um jeito muito especial. Ele tem uma didática própria, adaptada à minha forma de aprender. Começamos pela teoria musical, e aos poucos fui me aprofundando, estudando sozinho e aprimorando o que ele me ensinava. Hoje, o violão faz parte da minha rotina.
Comecei a tocar nas missas da igreja da minha comunidade e atualmente participo de dois grupos. Uma das experiências que mais me marcaram foi poder tocar nas missas do espaço ecumênico do Hospital Municipal, que acontecem toda quarta, quarta-feira do mês, às 15h. Tocar nesse momento de fé e acolhimento é uma forma de unir o trabalho à espiritualidade, e isso me faz muito bem.
Além disso, neste ano tive a oportunidade de atuar na peça da Paixão de Cristo, dirigida pelo meu pai. Foi um projeto emocionante, que uniu ainda mais a nossa família por meio da arte.
Outra grande alegria da minha vida é o meu sobrinho. Gosto muito de tocar violão para ele. É incrível ver como ele reage à música, fica atento, prestando atenção em cada som. Esses momentos simples me mostram o poder da música em despertar emoções e criar conexões.
Hoje, percebo que tudo o que vivi, desde o ambiente artístico da minha infância até as oportunidades que o SSA me proporcionou, ajudou a formar quem eu sou. A música, o trabalho e a família caminham juntos na minha história, e cada acorde que toco me lembra que estou sempre aprendendo, crescendo e me expressando através do que amo”.

 
“Meu nome é Reinaldo Silva, tenho 40 anos, sou casado, pai de uma filha e padrasto de uma enteada. Entrei recentemente no SSA Contagem, onde vou completar dois meses de trabalho. Cheguei aqui por informação da vaga por meio do meu sogro, que já trabalhou na empresa e sempre falou muito bem do ambiente e das pessoas, e meu amigo Júlio que ainda trabalha no SSA. Participei do processo seletivo e hoje posso me considerar da casa. Atuo na área de pintura, um ofício que também amo fazer. Esse é o meu primeiro emprego de carteira assinada, e tem sido uma experiência muito boa. Aqui, a gente faz amizades, conhece pessoas novas e acaba se tornando uma verdadeira família.
Antes de entrar no SSA, vivi muitas experiências em outras áreas. Tenho vários ofícios: já trabalhei como cabeleireiro, borracheiro e pintor. Mas o que mais marcou minha trajetória foi a carreira musical, que considero um dom que Deus me deu.
Minha história com a música começou de forma simples, nos karaokês de um shopping aqui de Contagem. Fui cantando de brincadeira, em um lugar e outro, até que surgiu a oportunidade de cantar profissionalmente em uma banda. A partir daí, comecei a fazer covers de Eduardo Costa e Zezé Di Camargo, e acabei me apresentando por cerca de 20 anos em barzinhos, festas e rodeios. O maior público que já tive foi de três mil pessoas, um momento inesquecível!
Meu nome artístico é Reinaldo Silva, nome que pegou e deu certo. Tenho um CD gravado e um clipe no YouTube. Minha música de maior sucesso é “Morando no Bar”, e tenho uma composição especial chamada “Lembrança no Espelho”, que nasceu de um sonho. Todas as músicas do meu CD são autoria minha, tanto nas composições quanto nas melodias. Sempre tive um pouco de vergonha de cantar para pouca gente, mas quando o público é grande, me sinto completamente à vontade, como se estivesse em casa.
Durante minha trajetória, cantei muito no interior de Minas, especialmente na cidade de Ubá, onde fui presença constante. Depois de tantos anos na estrada, decidi dar uma pausa na carreira musical. A vida noturna é muito cansativa, e chega um momento em que a gente quer se dedicar mais à família. Foi o que aconteceu comigo.
Mesmo com essa pausa, a música nunca saiu da minha vida. Na juventude, eu tocava flauta na igreja, e até hoje toco alguns instrumentos. Venho de uma família musical meu irmão, por exemplo, toca violino e, assim como eu, é autodidata. Tenho planos de voltar a cantar na igreja e seguir um novo caminho, agora na música gospel. Já comecei a compor algumas canções e sonho em gravar um CD para falar do amor de Deus através das minhas letras.
Uma coisa que valorizo muito no SSA é a estabilidade. Aqui, encontrei algo que nunca tive cantando na noite, um salário fixo e uma rotina equilibrada. Isso me trouxe tranquilidade e motivação para continuar sonhando com os próximos passos.
Ao longo da minha carreira, tive pessoas que me ajudaram muito. No começo, minha ex-esposa e, depois, a esposa do meu empresário gerenciavam minha carreira, me dando suporte com agenda e divulgação. Hoje, minha esposa atual também tem um papel importante nisso, sempre me incentivou, fez camisas e canecas personalizadas dos meus shows e me deu força para continuar acreditando no meu talento.
Se tem algo que aprendi com tudo isso, é que a gente é capaz de alcançar qualquer sonho, desde que tenha fé, foco e planejamento. A vida é feita de fases e aprendizados e cada uma delas, seja no palco, pintando aqui no SSA, faz parte da construção de quem eu sou”.