A Hipertensão, popularmente conhecida como “pressão alta”, está relacionada a pressão sanguínea nas artérias. Basicamente, o quanto de pressão/força o sangue faz contra as paredes arteriais para bombear o sangue para o corpo, contabiliza como anda sua pressão e, por isso, é indicado medirmos nossa pressão regularmente.
Na hipertensão, o nível de pressão sanguínea das artérias aumenta, fazendo com que o coração tenha que fazer um esforço maior para bombear o sangue para o restante do corpo, gerando uma sobrecarga.
O número de óbitos por hipertensão arterial vem crescendo a cada ano no Brasil. Em 2015, foram registradas 47.288 mortes, e em 2019, o número saltou para 53.022, segundo o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. De acordo com o Vigitel Brasil 2019 (Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde), a frequência de diagnóstico médico de hipertensão foi de 24,5% entre as 27 capitais brasileiras.
Luiz Fernando Avelar, Médico cardiologista no SSA Contagem enfatiza a importância de se informar sobre a doença:
“ A Hipertensão Arterial é uma doença crônica que atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo, é também um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de outras doenças, como cardiovasculares - sendo o infarto a principal e mais temida -, renais e cerebrovasculares. É uma doença silenciosa e por esse motivo, é considerada perigosa.”
Existem duas formas de classificar a origem da doença no organismo, sendo elas:
Idade - Mais comum em pessoas com mais de 65 anos
Hereditariedade - Mais comum em pessoas que têm histórico familiar de hipertensão
Sedentarismo - Falta de atividade física
Má alimentação - Excesso de sal e gordura na alimentação
Descuido com a saúde - Tabagismo
Além da má alimentação, a hipertensão também pode acontecer em casos de excesso de estresse, podendo afetar pessoas de qualquer idade, até mesmo os mais jovens.
-> Hipertensão secundária
A hipertensão secundária pode ser desenvolvida através de outros problemas de saúde e que tendem a surgir de forma repentina. Alguns deles são:
Diabetes;
Obesidade;
Doença nos rins, como insuficiência renal, glomerulonefrite ou pielonefrite;
Infecção crônica nos rins;
Defeitos congênitos no coração que ocorrem no nascimento do bebê;
Tumor na glândula suprarrenal;
Alterações da tireoide como hipo ou hipertireoidismo;
Apneia do sono.
A hipertensão secundária também pode ocorrer por consumo excessivo de álcool, uso de drogas como anfetaminas (drogas psicoestimulantes) ou cocaína. Também pode ser desenvolvida por uso de remédios como corticoides ou anticoncepcionais orais.
COMO EVITAR A HIPERTENÇÃO
1 - Faça atividades físicas
Você provavelmente já está cansado de escutar sobre os benefícios da atividade física, mas mesmo assim, ela não deixa de ser um dos maiores remédios para algumas doenças.
Praticar exercícios pode significar “mover-se” de alguma forma, seja dançando, correndo, praticando esportes, fazendo uma caminhada ou uma corrida, ou se preferir, a boa e velha academia.
O importante é que haja uma rotina durante a semana, onde você se comprometa a exercitar o seu corpo, respeitando seu tempo e suas limitações. É importante também fazer um acompanhamento médico para que o profissional possa monitorar seu desenvolvimento.
2- Reduza o uso do sal
Segundo a organização Mundial de Saúde (OMS), em média os brasileiros consomem 12 gramas de sal durante o seu dia, sete gramas a mais do que o máximo recomendado pelos especialistas.
O uso excessivo do sal nos alimentos provoca retenção de líquido no corpo. Caso esse uso excessivo seja recorrente, sempre existirá um volume extra em circulação e uma maior pressão interna nos vasos sanguíneos. Caracterizando a Hipertensão.
3- Perca medidas
A perda de peso está diretamente relacionada com a melhora da pressão arterial, em casos de sobrepeso. Cientistas apontam que perdas moderadas de peso, entre 5% e 10% estão associadas a melhorias significativas nos fatores de risco cardiovascular relacionados à obesidade, como hipertensão e diabetes. Para cada 5% de perda de massa corporal, há 20-30% de diminuição da pressão arterial.
4- Pense positivo
Adotar uma visão otimista pode diminuir o seu estresse diário. É claro que falar é mais fácil do que colocar em prática, mas é importante que, para as pessoas que sofrem de hipertensão, o exercício de “manter a calma” se torne um mantra. A diminuição do hormônio do estresse (cortisol) relaxa os vasos sanguíneos e melhora a circulação do sangue.
5- Leve a sério a saúde do seu corpo
A maior e mais eficaz forma de tratar uma doença é entendê-la e respeitá-la. Maus hábitos como o tabagismo, ou o alcoolismo podem e vão agravar a situação da hipertensão, e o mesmo vale para os maus hábitos alimentares. Uma vez que você entende a importância de respeitar o seu corpo e cuidá-lo corretamente, você passa a jogar no time da cura, e não o da doença. Por isso, abra mão do tabagismo, não exagere na cervejinha do final de semana e de uma vez por todas, escolha uma alimentação saudável.
6- Procure um médico
Todas essas dicas podem no máximo ajudar no seu tratamento, mas nenhuma delas substitui a opinião e acompanhamento de um profissional que estudou para isso. Não duvide da necessidade da medicina, procure um médico e siga atentamente aos direcionamentos para manter a sua saúde.
A partir dessa leitura, você se lembrou de alguém que possa ter predisposição a hipertensão? Compartilhe esta matéria e ajude outras pessoas na prevenção da hipertensão.