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28 FEV 2025
Leite Humano: Centro Materno Infantil de Contagem convoca mães a fazerem doação para atendimento aos bebês internados
Foto Noticia Principal Grande
Jéssica Amanda doadora de leite humano - Arquivo SSA/Contagem
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Recém-nascidos do CTI que ainda não podem ser amamentados precisam do alimento como fator de proteção e desenvolvimento.
“Antes mesmo de ser mãe, eu sabia que queria doar leite”.  Este sempre foi o sentimento da biomédica, Jéssica Amanda, doadora de leite humano para o Centro Materno Infantil (CMI). Ela é mãe da pequena Olívia de um mês. Durante ocasiões festivas e com a proximidade do carnaval, o posto de coleta de leite do CMI passa por escassez no estoque. Diante dessa situação, a unidade tem intensificado a campanha para o cadastramento de novas lactantes dispostas a realizar doações.

Durante a gestação, Jéssica Amanda buscou informações sobre a amamentação para se preparar. “Assim que minha filha nasceu, a amamentação evoluiu de forma positiva e, após algumas semanas, me senti pronta para ajudar outras famílias”, destacou. A doação de leite humano traduz a importância desse alimento na recuperação dos prematuros internados em unidades neonatais.

A Presidente da Comissão Permanente de Aleitamento Materno, Kátia Fonseca, explica que o leite humano é o melhor alimento para os recém-nascidos e crianças na primeira infância, principalmente aquelas que estão com um estado de saúde mais debilitado. “O leite materno tem todos os nutrientes, além de células de defesa, que ajudam no crescimento e no desenvolvimento do bebê. Muitas mulheres amamentam seus filhos sem dificuldades, mas algumas não conseguem ter o leite no início da vida de seus filhos. Aí, entra a importância da doação do leite humano, onde mulheres que amamentam e têm leite em excesso, podem retirar e doar para postos ou bancos de leite humano”, explicou.

No Brasil, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atuam como os principais promotores das campanhas de aleitamento materno, em alinhamento às diretrizes da comunidade internacional. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
De acordo com o Ministério da Saúde 1L de leite alimenta cerca de dez recém-nascidos por dia. Atualmente o Centro Materno Infantil (CMI) conta com 2,5L em seu estoque. E mesmo assim, essa quantidade se torna insuficiente. Kátia Fonseca explica também que o leite doado é pasteurizado, por meio de uma parceria com o banco de leite humano de Betim, que em acordo, fica com a metade da quantidade doada. O leite pasteurizado é distribuído para bebês hospitalizados, principalmente prematuros e com baixo peso.

Cada gota de leite humano, ajuda a alimentar e contribui para que os bebês se recuperem e a volta para casa seja mais rápida. É o que destaca a doadora Cirlene Arvoredo. “Eu sou apoiadora desse ato de amor. Desde a doação de sangue e com a doação de leite não seria diferente. A minha filha é alérgica à proteína do leite de vaca e dentro desse diagnóstico, eu entendi como o leite materno é importante para a primeira fase alimentar da minha bebê. E eu como mãe, abdiquei de uma alimentação com rica em leite para manter esse vínculo precioso entre mãe e filha. Assim, faço suplementação para entregar um leite de qualidade. Além disso a doação é mais um incentivo para ajudar na produção,” ressalta.

Doação de Leite Humano
A Presidente da Comissão de Leite Materno explica também que para a doação a retirada do leite deve ser armazenada em potes de vidro com tampa de plástico. O Centro Materno Infantil (CMI) disponibiliza recipientes, materiais de proteção necessários para a ordenha como toucas e luvas, além de ir até a residência das lactantes para buscar o leite. “As doadoras são orientadas de como todo o processo deve ser. Elas não precisam nem se preocupar em levar até o hospital, nós vamos buscar a doação”, explica Kátia Fonseca.

De acordo com os Ministério da Saúde qualquer mulher saudável que esteja amamentando pode ser doadora de leite materno. Para as interessadas em contribuir com a causa, basta ligar para o telefone (31) 2538-9296 e discar a opção 7 e registrar a intenção de doação.
Uma equipe do hospital se dirigirá até a residência da doadora para oferecer todas as orientações necessárias sobre o processo de doação.
                                                            


Iniciativa Hospital Amigo da Criança
O Ministério da Saúde informa que nascer em um Hospital Amigo da Criança (HAC) também faz diferença nos indicadores de aleitamento materno. A duração média do aleitamento materno exclusivo, oferta apenas de leite humano para a criança, é até o 6º mês de vida, em bebês que nasceram nesses hospitais com o título de HAC foi de 60,2 dias, contra 48,1 dias em crianças que não nasceram em um HAC. A pesquisa revelou ainda que nascer em hospitais com este título aumenta em 9% a chance de o recém-nascido ser amamentado na primeira hora de vida.

Dentro do Centro de Terapia Intensiva Neonatal (CTI) a prescrição médica prioriza o leite materno da própria mãe, em segundo lugar o leite humano pasteurizado (LHP) e por último as fórmulas lácteas.

A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) é um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, instituídos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E o Centro Materno Infantil possui esse título a quase vinte anos. Anualmente ele é reavaliado para que sua continuidade permaneça.

Para ser Amigo da Criança, o hospital deve também respeitar outros critérios, como o cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto, parto e o pós-parto; garantir livre acesso à mãe e ao pai, permitindo a permanência deles junto ao recém-nascido internado, durante 24 horas; e cumprir a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL).


 
Autor: Jornalista - Aline Malta
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